Audiência com Eduarda Gouveia, a prefeita que foi eleita comprando votos, foi adiada?

 

Como cidadão carpinense, eu, André Luiz, titular do Blog do André Luiz, venho externar minha opinião, que é também a opinião de uma grande parte, se não da maioria dos carpinenses, em relação ao adiamento da audiência da ré, prefeita Eduarda Gouveia.

Não dá para entender. Claro que existem brechas na lei, mas isso já não é mais nem brecha, é um verdadeiro portão aberto! Ou os advogados dela são muito bons, ou há algum outro fator que desconheço, pois, em outros lugares onde houve uma situação semelhante à de Carpina, o assunto já foi resolvido — seja favorável ou contrário ao réu.

Mas aqui em Carpina, infelizmente, como já mencionei em um artigo anterior para este mesmo blog, a tartaruga está mais adiantada do que a Justiça Eleitoral.

É triste isso, viu?

Falo como eleitor, como carpinense, e após ouvir inúmeras pessoas me ligando para se queixar e dizer que não compreendem o motivo do adiamento dessa audiência.

Ela está doente? Qual foi a brecha na lei que permitiu esse adiamento?

Então, na minha opinião, como um leigo no direito, mas como eleitor e carpinense de coração há mais de 35 anos, sinto-me totalmente decepcionado.

Sabe por quê, minha gente? Eu vejo o exemplo do Sr. Paulo Maluf, que foi prefeito de São Paulo. Roubou a cidade o tempo todo e nunca foi para a cadeia. Está vivo, bem idoso, mas está em casa.

Fernando Collor de Mello, que há muito tempo deveria ter sido preso, está em prisão domiciliar. No Brasil, é muito comum aqueles que cometem delitos, principalmente os políticos, serem apadrinhados, não pela justiça, mas pelas brechas da lei.

Nós temos vereadores e prefeitos que já frequentaram o Cotel por roubo, mas foram eleitos. Isso me faz lembrar uma música do Renato Russo: “Que país é esse?”É o Brasil.

Enquanto isso eu ouvi, no programa da Rádio Jornal deste sábado, que uma pesquisa de um instituto mostra que, no Brasil, as mulheres que mais sofrem violência e são assassinadas são, em sua maioria, negras.

Esse é o retrato da sociedade brasileira. Se fosse feito um pente-fino nos presídios, chegaria-se à conclusão de que a maioria dos presos são pobres e pretos.

Esses estão atrás das grades. Cadê aquela mulher, Sari Corte Real, envolvida no caso daquela criança que caiu da torre em Recife? O marido dela, um corrupto, era prefeito da cidade de Tamandaré, o Sérgio Hacker. Mas ela é filha de um ex-deputado federal. Foi condenada, mas não está na cadeia.

Isso é revoltante!

E volto a bater na mesma tecla: cadê o mandante ou os mandantes do caso J. Cândido? Quem mandou matar J. Cândido? A justiça não decidiu, a polícia não esclareceu. Os executores foram presos e ficaram calados. Mas há um mandante ou mandantes?

E o caso de Nicó do Cimento? Nem a imprensa toca mais no assunto, infelizmente. Temos uma imprensa amordaçada e covarde. Nicó do Cimento foi assassinado, e até agora, nada. A doutora Bárbara Fort começou as investigações e parou. Parou! E ninguém sabe quem mandou matar Nicó do Cimento ou qual foi o motivo. Até hoje.

O caso Narcizinho, ocorrido anos atrás, nunca foi esclarecido também. E há muitos outros casos sem solução. O Ministério Público, com uma peça robusta mostrando claramente a compra de votos na eleição de Carpina, promovida pelo deputado estadual Gustavo Gouveia…

Porque a prefeita nada mais é do que um fantoche. Uma marionete. O mentor de todas essas manobras escusas chama-se Gustavo Gouveia, deputado estadual.

E eu não tenho medo de falar: isso é a pura verdadeO Ministério Público tem provas robustas, e até agora, nada foi feito. Isso é desalentador!

E tenho para mim que esse desabafo, esse simples artigo, deve expressar também o sentimento da maior parte dos carpinenses honrados, que não venderam seus votos.

Parafraseando Boris Casoy: “Isso é uma vergonha!”


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