Alexandre de Moraes manda prender Carla Zambelli

 

Carla Zambelli, deputada federal - Foto: Lula Marques/ EBC

Em sua decisão, Moraes afirma que a deputada tentou "se furtar da aplicação da lei penal"

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta quarta-feira, 4, a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em sua decisão, Moraes afirma que a deputada tentou "se furtar da aplicação da lei penal". O ministro também mandou bloquear os passaportes de Zambelli e incluir o nome dela na lista de difusão vermelha da Interpol.

A deputada havia anunciado na terça-feira (3) que está fora do Brasil e que pretende pedir licença do mandato para viver na Europa e denunciar o STF junto a lideranças da direita internacional. Não há registros da saída dela do País.

Moraes afirmou nesta quarta que o "intuito criminoso" da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) "permanece ativo e reiterado". Moraes declarou que Zambelli insiste, "mesmo que de modo atabalhoado e confuso", em divulgar notícias falsas e atacar o Poder Judiciário.

A avaliação consta na decisão na qual Moraes determinou a prisão preventiva de Zambelli, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República ( PGR).

"Lamentavelmente, o intuito criminoso de CARLA ZAMBELLI permanece ativo e reiterado, insistindo a condenada - mesmo que de modo atabalhoado e confuso - na divulgação de notícias fraudulentas, no ataque à lisura das eleições e nas agressões ao PODER JUDICIÁRIO", escreveu Moraes.

O ministro afirmou que, após a saída do país, Zambelli "declarou que pretende insistir nas condutas criminosas, para tentar descredibilizar as instituições brasileiras e atacar o próprio Estado Democrático de Direito". Para Moraes, isso "justifica, plenamente, a decretação de sua prisão preventiva".

Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do Supremo a 10 anos de prisão, em regime inicial fechado, e à perda do mandato pela invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena só não começou a ser cumprida porque há recursos pendentes.

A deputada também responde a um processo criminal no STF por perseguir um homem com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022

Fonte: www.folhape.com.br

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