É isso mesmo.
Eu costumo chamar a Câmara de Vereadores de "Casa do Povo", mas, na prática, o povo não tem vez nem voz.
Na Mata Norte, por exemplo, algumas câmaras municipais não passam de instituições a serviço do prefeito ou da prefeita. Isso é um fato inegável.
Em Paudalho, a Câmara de Vereadores, segundo informações, está completamente subordinada ao ex-prefeito Marcelo Gouveia e à atual gestão da prefeita decorativa Paulinha, que, na verdade, apenas recebe ordens de Marcelo Gouveia.
Aqui em Carpina, a Câmara de Vereadores está totalmente nas mãos de Gustavo Gouveia. Nem sequer digo que está nas mãos de Eduarda Gouveia, pois todos sabem que ela não entende nada de administração pública. Gustavo, por outro lado, comanda a prefeitura e define as decisões políticas.
Gustavo é deputado, talvez o mais fraco que essa região já teve, juntamente com Josafá, filho do ex-prefeito Botafogo.
Em Nazaré da Mata, a oposição praticamente inexiste. Mais uma vez, temos uma Câmara de Vereadores que atua a serviço do Executivo Municipal.
Diante disso, surge a questão: para que servem as Câmaras de Vereadores?
Na teoria, elas são de extrema importância, pois deveriam representar os interesses da população. Há um ditado que diz que o vereador é o político mais próximo do povo — e, de fato, isso deveria ser verdade. No entanto, nesses casos específicos, eles se distanciam da população e, a cada dia, se aproximam mais do Executivo.
Temos, portanto, Câmaras de Vereadores que estão a serviço do poder municipal e não do povo.
Isso é lamentável, pois os cidadãos ficam sem representatividade, sem voz e sem vez.
A única ocasião em que a população tem espaço para opinar é durante o período eleitoral, quando candidatos a vereador e vereadores se aproximam, abraçam o povo, batem nas costas dos eleitores e prometem o céu e a terra. Depois de eleitos, no entanto, não cumprem o que prometeram.
Essa é a realidade.
Então, volto à pergunta inicial: para que realmente servem as Câmaras de Vereadores?
Uma excelente questão. Como diria Romualdo de Souza, da Rádio Jornal do Comércio: pense nisso.
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