Radialista Hildebrando Marques deixa saudades

Carpina: capital da mata norte não possui um centro cultural

 

Infelizmente, nossa cidade não sofre apenas hoje com a falta de um centro cultural, mas há muitos anos vem padecendo dessa carência.

Artistas, nós temos muitos: Miro dos Bonecos, Gilvam da Burrinha, o Maracatu do saudoso Biá e tantos outros atrativos. No entanto, não há um centro cultural para mostrar essa riqueza aos poucos turistas que passam por aqui.

Não venham me dizer que Carpina é uma cidade turística, porque não é. É uma cidade flutuante, que tem um comércio forte. As pessoas vêm para cá e gastam o dinheiro da sua cidade aqui, no comércio. O período que melhora o fluxo turístico é justamente o período junino.

E nós não temos nada para oferecer. Não há sequer uma secretaria de turismo. Por quê? Porque, infelizmente, nada é explorado para que Carpina possa atrair visitantes.

Essa falha vem de todas as gestões anteriores: Joaquim Lapa, Maelbe Batista Ramos, Botafogo, Carlinhos e Moinho. E continua sendo uma falha da atual prefeita, Dona Eduarda. Não há preocupação com o turismo de Carpina.

Carpina não tem turismo. É uma cidade que já teve clubes que faziam parte de sua história tradicional, como o Colonial e o Lenhadores, que desapareceram. Sumiram.

Espero que não aconteça o mesmo com o Espanadores, pois é o único que resta. É aquele que realmente permanece de pé, com muitas dificuldades, mas resiste. Não podemos permitir que ele também desapareça.

Nós não temos um centro cultural, não temos grupos culturais atuantes. Não há uma concha acústica na praça para apresentações ao ar livre, como teatros e peças teatrais. Enquanto Limoeiro tem uma gama de grupos culturais e teatrais, e Paudalho também, Carpina deixa a desejar.

Para quem diz que só critico a prefeita, aqui está uma sugestão: inove, prefeita! Crie um espaço cultural em Carpina. Lembro-me que Antero, meu amigo Antero, na gestão de Carlinhos Moinho, mencionou que a rede ferroviária havia passado para a prefeitura, aquele espaço onde ficava a estação ferroviária poderia ser um belíssimo centro cultural. Mas está fechado, e nada foi feito.

Aqui fica o apelo do blog do André Luiz: uma cidade sem cultura é uma cidade sem memória. Carpina vem, a cada dia, tornando-se desmemoriada. Nossa tradição vem sendo perdida, mas ainda há tempo para resgatá-la. Só depende da prefeitura.


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