Vale a pena dizer a verdade?

 

Sinceramente, seja qual for o preço a ser pago, sempre vale a pena dizer a verdade. Mesmo que desagrade A, B, C ou D, seja lá quem for.

Falo isso com base nas minhas experiências, ao longo desses anos todos em que milito na imprensa, particularmente na imprensa da minha querida região da Mata Norte, da minha paixão, da minha amada Carpina. Sempre procurei e sempre falei a verdade, abrindo o jogo para a população.

O preço é alto. O preço é alto, primeiro porque você é boicotado. Você deixa de ganhar dinheiro porque, na maioria das vezes, se ganha dinheiro com a mentira ou encobrindo as safadezas de A, B ou C. Eu sei bem o que é isso.

Recebi inúmeras propostas indecorosas, mas nunca me locupletei, nunca me dei por vencido. Ninguém nunca poderá me chamar de corrupto.

Falhas? Tenho muitas. Mas, talvez para muitos, esta seja uma grande falha. Para mim, não. Para mim, é uma grande virtude.

E não será agora, aos 63 anos que completo em julho, que vou deixar de falar a verdade ou de assumir o que falo.

Ah, o preço é alto. Por quê? Porque vêm as represálias, vêm os processos, vêm as ameaças, vem a marginalização pelos marginais. Mas não me refiro aos marginais do crime organizado, nada disso. Falo dos marginais, muitas vezes, de gravata. Dos marginais de gabinete que se intitulam poderosos.

Mas eu tenho a consciência tranquila. Primeiro porque sei em quem tenho crido, que é poderoso para me salvar. Segundo porque minha fé em Jesus Cristo é inabalável.

Não sei até quando vou aguentar, resistir diante do meu estado de saúde e desse meu trabalho, mas confesso a vocês que me sinto honrado por ser um guerreiro. Sem ter a estrutura que outros têm, mas tendo a estrutura mínima possível, e ainda assim conquistando o respeito da população, se não de todos, pelo menos da maioria.

Não tem sido fácil. O Blog do André Luiz vem lutando. Eu venho lutando, principalmente com resistência no que diz respeito à minha saúde.

Para que vocês tenham uma ideia, saio de casa apenas uma vez por mês.

“Por quê, André? Você que andava tanto por Carpina inteira, você que batia essa cidade toda a pé, você que nunca possuiu um carro—não, nunca. Você que nunca teve uma casa própria—nunca. Você que teve proposta indecorosa de um ex-prefeito salafrário dessas cidades.”

Mas confesso a vocês que estou de consciência tranquila. E até onde eu puder respirar, mesmo na situação difícil em que me encontro, com a saúde bem debilitada, estarei sempre fazendo o meu trabalho. 


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