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Carpina
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É notório como a política, que é uma ciência fantástica, tem como protagonistas péssimos políticos. Claro que não vou generalizar: escapa uma meia dúzia, e olhe lá. Isso acontece tanto na Mata Norte como aqui em Carpina, e em todo o Brasil.
A nível nacional, basta olhar para a diferença entre o primeiro governo do presidente Lula e o atual. O governo atual deixa muito a desejar em relação aos dois primeiros mandatos. Lula se tornou refém do Congresso Nacional e tem tomado decisões questionáveis, como a visita à Cristina Kirchner na Argentina — inclusive, foi orientado pelo Itamaraty a não ir, mas foi mesmo assim.
Por outro lado, tivemos Bolsonaro, que foi um desastre como presidente. Quem não se lembra do povo catando osso para fazer sopa no seu governo? Quem não lembra de Bolsonaro dizendo que devia tomar tubaína em relação à COVID, zombando das pessoas que estavam sofrendo com a doença?
Juntando um com o outro, o "suco" não é nada agradável. Sinceramente, é o tipo de mistura que pode fazer muito mal. O Brasil precisa de renovação. Essa rinha entre Lula de um lado e Bolsonaro do outro precisa acabar. Precisamos de políticos com novas ideias, que não estejam envolvidos com corrupção — como Bolsonaro, que foi e continua sendo acusado, e Lula, que também foi preso.
Aqui em Carpina, estamos no mato — não sem cachorro, mas com muitos cachorros pitbull, que não largam o osso de jeito nenhum. E aqueles que surgiram como novidades na política local, como Bruno Ribeiro e Júnior de Val, acabaram aderindo ao mesmo modus operandi dos antigos políticos da cidade.
Renovação política em Carpina? Não existe. Podem entrar novos vereadores, mas quase todos têm a mesma mentalidade de quem foi vereador em 1998 ou em 2000. É muito fácil discursar antes da eleição e, depois de eleito, adotar uma prática totalmente diferente.
Carpina tem uma prefeita jovem, mas sabemos que ela não vai trazer nada de novo. Pelo contrário, junto com seu marido — um deputado fraco — tem trazido maus dias para o funcionalismo público, para as escolas municipais, que deveriam ser exemplo.
Em seis meses de gestão, a prefeita de Carpina já mostrou que não tem capacidade para administrar a cidade. Temos Manoel Botafogo, que foi prefeito quatro vezes, mas não venham dizer que ele trouxe progresso — não trouxe. Trouxe asfalto, e só. Fez uma coisa boa, a Rua dos Tamarindos, mas nos bairros carentes pouco fez. Criou subprefeituras que até hoje não servem para nada, no Santo Antônio e no Bairro Novo. Saneamento? Nem pensar. Todo mundo sabe que entrou pobre na prefeitura e saiu rico.
Joaquim Lapa foi quem mais contribuiu com obras sociais: doou terrenos, construiu casas. Junto com Botafogo, ainda são os mais votados em Carpina, mas também precisam mudar o discurso. Precisam olhar para o futuro, com novos horizontes e modernidade. O passado é importante, mas é preciso mostrar propostas concretas e parar de viver só da lembrança.
Por fim, quero pedir aos senhores que têm TV Web e fazem lives que se lembrem das pessoas com deficiência visual, como é o meu caso. Eu posso ouvir, mas gostaria de participar falando. No entanto, isso não é possível pelo WhatsApp. O telefone parece proibido — é a famosa “lei da mordaça”.
Foi isso que aconteceu quando tentei participar da live com o vereador Heitor Lapa e o Dr. Joaquim Lapa, na TV Independência — uma emissora pela qual tenho muita estima. Tentei participar pelo WhatsApp, mas minha mensagem não foi registrada. Então, não adianta só ouvir sem poder falar. Infelizmente, nos meios de comunicação de Carpina, a democracia passou longe — exceto o blog de André Luiz ou quando ele estava na rádio. Naquela época, o povo tinha voz e vez. Hoje, tá difícil. Tá tudo enlatado.
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