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Carpina
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A última vez que Carpina teve, de fato, festas tradicionais foi quando Joaquim Lapa ainda era prefeito — e olha que isso já faz bastante tempo. De lá para cá, nunca mais vivemos festejos como os de Reis ou o autêntico São João.
Neste ano, tivemos muito glamour na festa considerada "junina" pela gestão atual: artistas milionários como DJ Alok, Luan Santana, Maiara e Maraisa, Zezo dos Teclados, Calcinha Preta, entre outros. No entanto, o essencial nos faltou — os verdadeiros festejos juninos. Não tivemos arraiais, não tivemos pé de serra, não tivemos a tradicional quadrilha junina.
Tivemos quadrilha, sim, mas daquele outro tipo... essa estava cheia. Cheia mesmo. Lamentavelmente, o mais importante — o povo — foi deixado de lado. Muitos nem sequer tiveram acesso para ver os artistas de perto, assistindo apenas pelos telões. Para acompanhar os shows de perto, era preciso pagar caro: camarotes caríssimos, bebidas superfaturadas. Enfim, foi um festejo "junino" sem espírito junino. O que aconteceu foi a exaltação do espírito capitalista e a exclusão da participação popular.
Carpina vem sofrendo com isso. Temos ouvido pessoas dizendo: “Ah, mas tinha muita gente!” Claro, muita gente de fora. Realmente, havia uma multidão — mas o povo humilde de Carpina, o povo simples, foi escanteado. Foi jogado ao léu.
Até quando isso vai continuar? Até quando o povão de Carpina não terá voz nem vez? Infelizmente, muitos também têm culpa por essa situação, pois venderam seus votos àqueles que hoje vilipendiam a cidade e saqueiam os cofres públicos. É lamentável. Essa é a triste realidade da capital da Mata Norte.
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